Encontro de Pensamentos by Guilherme Palacios - HTML preview

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OCONVITE DE CASAMENTO

 

Vem um jovem com um envelope branco, leio seu convite de casamento e lhe digo que não iria, estava sem uma companheira. Uma jovem atenta à conversa, fala:

 

Resolvido, eu também estou sem companhia, juntos iremos para o seu casamento. Tudo bem para você me levar?

 

Lá na igreja, estávamos participando daquele ritual de matrimônio, a noiva, o noivo e o futuro bebê.

Eles precisaram se casar, de um namoro de adolescentes para um noivado curtíssimo, um núcleo familiar para formar uma família ideal, um filho iria nascer, o sacramento da igreja, a proteção divina na aliança eterna na vida entre um homem e uma mulher. A morte separa essa aliança, uma morte física, ou uma morte da unidade afetiva?

 

Aquele toque em meus dedos, partira dela a iniciativa, com seus dedinhos tocando minha mão. Por dentro, senti um calor. Cresceu a ponto de meu coração disparar, imobilizado perante o toque, minhas mãos se abriram e senti o calor de sua palma da mão, um calor molhado pelo suor, o coração batia forte e pulsava em nossas mãos. Seus olhos e sorrisos despertaram nosso amor. Não foi o acaso, mas a intenção de irmos para o casamento que nos uniu, escolhas e atração sexual, forças de atração entre um homem e uma mulher, desejos, fantasias e fetiches.

 

Até o fim da cerimônia ficamos de mãos dadas.

Até chegarmos a sua casa, voltamos de mãos dadas, estava colada pela atração, a cola do amor e da vontade de sermos completos um pelo outro.

 

Um beijo de despedida, não no rosto ou na testa, mas um beijo de tirar o fôlego, um beijo de roubar a alma do outro, um beijo de enroscar as línguas, aquele beijo que nunca se esquece, molhado e quente, de perder o senso da realidade, do tempo e espaço.

 

Uma pegação.

 

Um beijo de encontro de almas.

 

Sua alma me tocou, uma felicidade imensa encheu meu ser de sua presença, uma personalidade forte que marcou minha vida.

Uma menina mulher meiga e frágil, linda, ensinou que o amor não acontece ao acaso, são escolhas que surgem da excitação, do tesão e do desejo, dos bens materiais que possuímos ou que poderemos possuir.

O amor continua por interesses de quem possa oferecer do melhor para a fogueira do amor ou o melhor de seus bens materiais para a proteção de uma família ou o melhor para a satisfação pessoal...

 

E o encontro de almas?

 

Vamos ouvir uma resposta que não é a minha:

 

Deixa para a outra vida, essa vida “EU” quero a realização com os objetos, numa relação de minha satisfação material.

 

A minha resposta?

 

Deixarei para continuar em outros escritos...