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Musa, uma deusa grega, de pele macia e homogênea, cabelos longos do Mediterrâneo. Um sorriso que ressaltava os contornos do rosto.
Enquanto sorria, levemente abaixava a cabeça e olhava para o chão, levantava suavemente sua cabeça e olhava em meus olhos.
Nenhuma palavra, um suspiro de ambos e um silêncio.
Uma peça de teatro, uma história sobre a revolta dos bichos da fazenda, porcos tomam conta da fazenda e humanos são reféns.
Tudo escuro no teatro, mas a sua pele reluzia naquela sombra.
Assoprei lentamente os seus cabelos. Caiu sobre o rosto, procurou de onde veio aquela brisa. Procurou de um lado para outro. De novo, outro assopro, os seus cabelos se mexem de um lado ao outro. Ela procura, não encontra de onde veio o assopro.
Agora fui pego. O que acontecerá? Ela descobriu de onde veio o assopro que atingia a sua alma.
Seus olhos brilham.
Terminou a peça e não compreendi a história.
Saímos juntos do teatro, ela e eu, eu e ela, um acompanhando o outro.
Nós caminhávamos andando de braços entrelaçados pela rua, dois tagarelas naquela noite.
— Boa noite.
No dia seguinte a vi de pé no batente da porta. Um suspiro. Olhos se encontram, os movimentos se tornam rápidos e a inquietude de ambos impede um diálogo. Dois bobos, sem saber o que fazer, sem
jeito de conversar, tímidos, com uma vontade enorme de chegar, aproximar, abraçar e estar bem perto um do outro.
Passei por ela, notei que estava com uma perna dobrada sobre o batente da porta e suas mãos levantadas ao alto, juntinhas uma sobre a outra, seus cabelos refletiam a luz do sol na tonalidade avermelhada.